segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Dom Quixote de La Mancha se chamava Dom Quesada segundo Miguel de Cervantes


O melhor livro de ficção de todos os tempos pode ter sido baseado na vida de um decadente fidalgo da família Quesada, isso segundo afirma o próprio autor Miguel de Cervantes y Saavedra nos parágrafos iniciais de sua obra-prima. Ele afirma que "Numa pequena aldeia da Mancha, província espanhola, vivia um fidalgo. Um homem de costumes rigorosos e decadente fortuna. Dom Quesada vivia da exploração de suas propriedades, que mal lhe rendiam para manter uma simples aparência de abastança.".

Em princípios de maio de 2002, uma impressionante comissão de críticos literários de várias partes do mundo escolheu o livro Dom Quixote de La Mancha, escrito por Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616), a partir de 1602, como a melhor obra de ficção de todos os tempos. Ao tempo em que narrava os feitos do Cavaleiro da Triste Figura em ritmo dos romances da cavalaria, Cervantes enervado com o sucesso daquele tipo de gênero literário junto ao grande público, realizou uma das maiores sátiras aos preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis.

DOM QUIXOTE
(Página 1, Capítulo I)
Miguel de Cervantes y Saavedra

1.
Numa pequena aldeia da Mancha, província espanhola, vivia um fidalgo. Um homem de costumes rigorosos e decadente fortuna. Dom Quesada vivia da exploração de suas propriedades, que mal lhe rendiam para manter uma simples aparência de abastança. Homem forte, altivo e nervoso, cultivava a caça como esporte e como forma de abastecer melhor a sua mesa.

 
(...)

Ele possuia um pangaré que era usado nos serviços do sítio. O animal, apesar de magro e feio, pareceu um belo garanhão aos olhos do fidalgo. Depois de muito pensar, deu-lhe o nome de Rocinante. Esse nome lhe pareceu sonoro e adequado. Se antes havia sido um simples rocim, nada mais justo que agora fosse um Rocinante.

Batizado o cavalo, faltou-lhe um nome para si mesmo. Os nobres cavaleiros, personagens de seus livros, sempre trocavam os nomes. Ele deveria fazer o mesmo. Depois de oito dias remoendo o cérebro, encontrou um que lhe serviu como armadura da alma até o final de suas aventuras. Não seria mais simplesmente Quesada, e sim Dom Quixote. E, como faziam os cavaleiros andantes, juntou ao seu o nome do lugar de origem: Dom Quixote de la Mancha
.
 
Fonte: baseado em http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2002/05/17/000.htm

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